Apaixonado pela área do Direito, o Sérgio Alves formulou os seus planos para o futuro ao perceber que toda a vivência do ser humano está rodeada por regras e leis. Este aluno considera essencial, para o sucesso no Ensino Superior, a capacidade de distinguir o tempo de estudo do tempo de lazer.
Nome: Sérgio Alves
Universidade/Faculdade: ISVOUGA – Instituto Superior de Entre Douro e Vouga
Curso/Ano: 1º ano de Solicitadoria
Objetivo Profissional: Solicitador/Agente de execução
Porque é que escolheste esta área de formação? Que planos tens para o futuro?
A escolha pelo ramo do Direito surge de um fascínio pessoal por esta área, que nos envolve diariamente. “O Direito anda a reboque da sociedade, e a sociedade também anda a reboque do Direito”. Só quem estuda esta área é que consegue compreender a transversalidade do Direito a todos os ramos da sociedade e a importância do seu estudo para que existam, num futuro próximo, pessoas que façam a diferença.
Neste momento, embora não tenha ainda bem definida a trajetória profissional concreta que irei ter, sei que passa inevitavelmente pelo contacto com as leis, numa perspetiva mais prática. Possivelmente, envergarei pelo ramo da solicitadoria, tornando-me agente de execução ou mediador alternativo de litígios, mas tudo dependerá do que o futuro me reserva.
O que muda do Ensino Secundário para o Ensino Superior?
As mudanças podem parecer assustadoras, mas não são! Aliás, aconselho a todos os leitores a enveredar por um curso superior, pois embora seja bastante diferente do Ensino Secundário, é uma experiência única nas nossas vidas, quer pelo tipo de ensino, quer pela oportunidade de especialização para o exercício de determinadas profissões, quer pela realização individual com o alcançar dos objetivos académicos.
O que precisaste de fazer para te adaptares ao mundo universitário? Quais foram as grandes diferenças que encontraste face ao secundário?
No meu caso, foi uma adaptação fácil no mundo universitário, pois a faculdade que escolhi – através dos seus colaboradores e professores – tratou de fazer tudo o que estava ao seu alcance para me fazer sentir o mais confortável e aceite possível.
Relativamente às diferenças face ao Ensino Secundário, é quase impossível enunciá-las a todas, porque muda tudo. É uma nova realidade e uma dinâmica diferente, onde tens mais responsabilidades e autonomia, mas onde não te sentes desapoiado. Sentes que estás a trabalhar para o teu futuro, estudando realmente aquilo que escolheste, e que te encontras cada vez mais perto de alcançar os objetivos a que te propuseste.
Que qualidades e competências consideras essenciais para ter sucesso na universidade?
As qualidades e competências para ter sucesso na universidade variam de aluno para aluno, ou de personalidade para personalidade. Penso que não existe um estereótipo de aluno universitário, existem sim seres humanos que, com mais ou menos aptidões, com mais ou menos empenho, estudam e desfrutam da experiência universitária. Todos nós temos a capacidade de conseguir um bom desempenho académico, desde que saibamos separar o tempo de estudo do tempo de lazer. Se conseguirmos fazer essa distinção, com certeza que o nosso esforço irá ser, mais tarde ou mais cedo, recompensado, e os resultados aparecerão.
O que destacas no teu curso?
Relativamente ao meu curso, posso destacar o facto de ser um curso com inúmeras oportunidades. Existem diversas saídas profissionais neste ramo, e as cadeiras, ao contrário do que possa pensar, não têm um grau de dificuldade avançado, mas sim o mesmo grau de exigência de uma cadeira de qualquer outro curso. São matérias muito interessantes que acabam por nos ser familiares, pois uma grande parte de nós já ouviu falar delas, quer através dos meios de comunicação, quer através de familiares ou amigos, quer por existirem coisas que são do senso comum, mas sobre as quais ainda não tínhamos refletido.
Que conselhos podes dar aos jovens que estejam indecisos na escolha desta área de formação?
No meu caso, só tive de pensar um pouco nas minhas aptidões, e se o Direito seria a área mais correta para mim. Foi aí que percebi que o Direito é das poucas áreas transversais a todas as vertentes da sociedade. Os seres humanos relacionam-se entre si, desenvolvem relações contratuais ou pessoais mais ou menos complexas, têm diferendos uns com os outros, casam-se e divorciam-se, têm filhos, partilham bens, celebram contratos, contraem dívidas, trabalham, são despedidos, cometem crimes ou são vítimas de crimes, provocam danos ou sofrem prejuízos…. Enfim, relacionam-se e vivem! E quase todos os aspetos da vida estão regulamentados nos ordenamentos jurídicos mais evoluídos. Como tal, é sempre necessária a presença, o acompanhamento e o trabalho de alguém ligado ao Direito.
[Foto: cedida pelo entrevistado]